Banzé: barulho, gritaria, festa ruidosa, folia, confusão, tumulto. Fonte Priberam.
Quando questionei o Diogo sobre o porquê do nome, a resposta fez todo o sentido. O Banzé é confusão, é mistura, é festa, é convívio, é felicidade.
É isso que o Banzé na Petiscaria promete e é isso que oferece, um menu que mistura o tradicional com a cozinha moderna, salas que remetem ao convívio, pratos que são autênticos festivais de sabores e música ambiente que nos faz cantarolar.
Não, não pensem que o espaço é ruidoso, muito pelo contrário, aqui o verdadeiro banzé acontece no paladar.
Situado numa das ruas transversais que ligam Picoas ao Saldanha, na Rua Tomás Ribeiro para ser mais precisa, encontram este restaurante onde podem ir almoçar, jantar ou só mesmo petiscar, visto que a cozinha não fecha.
O espaço é dividido entre o interior, com capacidade para cerca de 60 pessoas e o exterior para cerca de 25 pessoas. Com uma decoração cuidada, criativa e pensada ao pormenor, ficámos numa mesa para 2 no interior, num cantinho original e privado, que convida ao romantismo.
Sem pressas, fomos aconselhados pelo Pedro na escolha de alguns pratos da ementa e nos vinhos que acompanharam toda a refeição. No Banzé encontrámos alguns petiscos tradicionais da cozinha portuguesa, com um twist de cozinha moderna, pela mão do chef Bruno Fernandes.
Os pratos vêm servidos em pratos de esmalte, que remetem ao passado, que lembram os grandes almoços de família. Quando as distracções eram as conversas cruzadas à mesa, o barulho dos talheres a baterem no prato, os gritos das crianças, as risadas entre um ou dois copos de vinho, ainda bem longe da era das redes sociais e desta “necessidade” de partilha imediata. Quando o que importava era estar e viver o momento, e não a necessidade de mostrar que estamos, se é que me fiz entender.
Começámos o nosso banzé com uma salada de polvo com creme de alho, um pica pau do mar, composto por creme de marisco, garoupa braseada, alguns bivalves, salicórnia e alface do mar e uma caesar salad de camarão (das verdadeiras e feita como deve de ser).
De seguida comemos aquele que foi o meu prato favorito de toda esta refeição, o bitoque de lavagante.
Um prato extraordinário que tinha todo o corte de um lavagante, ovo cozido a baixa temperatura, batata palha, salicórnia, algas do mar e creme de lavagante. Fomos aconselhados a acompanhá-lo um copo de Barão da Várzea do Douro Rosé de 2020, e que bela sugestão foi!
Ainda tivemos estômago para degustar umas plumas de porco preto, que apesar de não ser a maior fã de carne, conseguiu conquistar-me. A carne estava tenra e muito saborosa. Acompanhámos com uma garrafa de vinho alentejano de nome “Apelido”, que honestamente não conhecia, mas que foi uma maravilhosa descoberta e o vinho perfeito para terminarmos a nossa refeição.
Como sobremesa escolhemos, também por sugestão, um creme brûlée e uma das sobremesas de assinatura, o “Só chocolate”.
Façam um favor a vocês mesmo e passem pelo Banzé, confiem em mim porque eu nunca vos desiludo 😉
Com amor,
Claudia