Tomar, a cidade dos templários, das festas dos tabuleiros, terra das ruelas estreitas, dos “beija-me depressa” e berço do Convento de Cristo.
A uma hora e meia de Lisboa, foi em Tomar que passámos o último dia das nossas férias (em Setembro). Já não ia a Tomar há imenso tempo (anos). O maridão passou grande parte das férias da sua infância em Ferreira do Zêzere (e arredores) e as nossas primeiras férias juntos, foram passadas lá (ao tempo que isso já foi!).
Desta vez, a convite dos meus sogros, fomos conhecer a Taverna Antiqua. Já tinha ouvido falar, quer pelo relato dos meus sogros, quer por guias de restaurantes e sempre tive curiosidade de lá ir, pelo menos só para viver a experiência.
Ali na Praça da República, no largo da Igreja de São João Baptista, bem no centro da cidade, meio escondida e quase que passando despercebida, como se de só mais um restaurante se tratasse, existe a Taverna Antiqua, e acreditem em mim, não é só mais um restaurante. É uma experência! E vocês sabem que basta viver uma experiência positiva para ser uma mulher feliz.
Ao entrar somos automaticamente teletransportados para a época medieval. A escuridão vai-se adensando pé ante pé e os olhos vão-se acostumando devagar. Luzes artificiais? O que é isso? As refeições são todas servidas à luz das velas e isso foi uma das coisas que mais me cativou. Bancos e mesas de madeira, cálices e canecas de porcelana, empregados de mesa vestidos a rigor, tudo mas mesmo tudo é pensado até ao mais ínfimo detalhe. Fechando os olhos, a música guia-nos para outra era, como se fizessemos parte da época do rei Artur.
À parte da experîencia visual, tenho ainda que vos falar da degustativa. Depois de ter praticamente devorado o couvert, começámos a nossa refeição com uma sopa de castanhas com cogumelos que era só qualquer coisa de espectacular. Ainda quis pedir a receita ou pedir para levar uma panelita para casa, mas achei que era um pouco de abuso e remeti-me ao silêncio.
Como prato principal, eu e a minha sogra escolhemos o bacalhau à mercador, enquanto que os homens optaram pelo pernil de porco com migas. Este último dava perfeitamente para duas pessoas…ou três, ou quatro. O bacalhau era mesmo muito saboroso, vinha dentro de uma cestinha de pão caseiro, pão este que era o mais estaladiço à face da terra.
Para terminar, um café numa chávena de barro e um pudim à mercador a acompanhar.
Não saiam deste restaurante sem passar pela casa de banho! Lembram-se quando há pouco disse que é tudo pensado até ao mais ínfimo detalhe? Pois bem, tudo, significa mesmo tudo!
Se forem ao almoço e se tiverem tempo, aproveitem o resto da tarde para se perderem pelas ruas do centro histórico…há sempre algo para descobrir e, ao sair de Tomar, dêem um salto a Ferreira do Zêzere e arredores. Vale mesmo a pena.
Love
C
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2 Comments
Adoro, sempre que há feiras com essa temática vou!
Muitos beijinhos
MUAH*
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Eu também adoro essa época Neuza! E se gostas assim tanto aconselho-te mesmo a ir a este restaurante.
Um beijinho e obrigada pelo comentário <3